sexta-feira, 28 de dezembro de 2012

Ano Novo: coragem...



Ilustração de Noah Woods
Para o novo ano que está a chegar, vai ser preciso coragem. Muita coragem. Ora, são muitos os livros que falam desta atitude, desta característica psicológica do ser humano. Vejamos:



A Chave da Coragem, de Nora Roberts
Coragem para viver, Max Lucado (e-book, do Brasil, disponível em http://livros.gospelmais.com.br/livro-coragem-para-viver-max-lucado.html/livro-coragem-para-viver) - há imensos livros de autoajuda.
Antónia mulher coragem, Vasco Resende ( sobre uma mulher portuguesa)
Dias de coragem e de amizade, Nuno Tiago Pinto ( situações na guerra colonial portuguesa)

O Diário de Anne Frank, Anne Frank - 2ª guerra



Várias coleções do Círculo de Leitores, sobre mulheres importantes: Raínhas de Portugal, as Fotobiografias,  a coleção sobre as biografias dos reis portugueses, de políticos.


A editora Asa também tem trazido ao leitor muitas histórias de vida, de mulheres por esse mundo fora, como: Queimada Viva, de Souad.

Muitos livros que abordem a guerra - quer a 1ª quer a 2ª, de várias editoras, como:

 A Oeste nada de novo, Erich Maria Remarque - 1ª guerra

 Testemunhas da guerra: as crianças no regime nazi, Nicholas Stargardt - 2ª guerra


Vamos ler um texto de uma aluna do 9º ano, do agrupamento, da Escola Secundária de Alcochete:

 


" A coragem é uma qualidade que, infelizmente, nos dias de hoje, se encontra em vias de extinção. A coragem pode ter vários significados e tipos. Pode ser interpretada por milhares de formas e pode ser confundida. Pode ser um sentimento ou um ato. Independentemente da forma como é interpretada, seja ato ou sentimento, há algo indiscutível: é poderosa. O seu poder tem uma força incrível que pode ser benéfica e avassaladora. É extremamente poderosa, por isso, pode ser terrivelmente perigosa, em algumas situações.
   No nosso dia a dia, encontramos vários tipos de coragem, por exemplo perante uma situação de perigo. Mas, imaginemos agora um menino. Este menino tem onze anos e quer voar, por isso decidiu fazê-lo, independentemente das consequências. Ele decidiu subir ao andar mais alto do seu prédio, que é o 10º andar, e concretizar a sua vontade.Faltam apenas alguns segundos até ele saltar; ele reflete, sobre o muro, fecha os olhos, abre os braços e salta!Que iremos nós chamar a esse ato? Será apenas ingenuidade? Ou será também um ato corajoso? E corajoso porquê? Será que podemos chamar "corajoso" a alguém que concretiza o seu sonho, podendo morrer por isso? Eu chamo! Eu chamo coragem a um ato poderoso, mas temos efetivamente de a saber medir se esta se transforma em tragédia.
   Depois temos a cobardia, que pode interpretada como o antónimo de coragem. Imagine-se em alto mar, num barquinho frágil. Encontra-se na companhia de um amigo. De repente, o barco vira-se e caem os dois ao mar. Rapidamente, consegue voltar ao barco, mas dá por si sozinho. Avista o seu amigo longe do barco e a afogar-se. Que faz? Salva-se a si próprio, permanecendo no barco ou arrisca a sua vida a salvar o seu amigo? Tomou uma decisão, não vai salvar o seu amigo. Poderemos chamar a isso cobardia? E se o tivesse salvo, seria um ato corajoso? 
  Eu chamo corajoso a alguém que sorri sem ter motivos para sorrir; eu chamo corajoso a alguém que se levanta todos os dias sem nenhuma razão para o fazer."



Georgia, 9º A (pseudónimo)
 




quinta-feira, 27 de dezembro de 2012

O Pai Natal e o menino Jesus

Luísa Ducla Soares escreveu e Maria João Lopes ilustrou. O resultado? Uma história de Natal que junta o pai Natal num centro comercial, uma avozinha que não gosta da febre consumista e uma neta que quer consumir. Todos juntos com um Pai Natal diferente...
Uma história de Natal muito atual e que transforma o presépio em algo mais presente. É preciso dar valor à mensagem cristã, ao que significa a palavra Natal. Quem nasceu foi Jesus, não há dúvida nenhuma.
Vamos ler só um bocadinho:

"      A Sandra arrastou a avó Mariana para o centro comercial. Queria por força ver o Pai Natal, que oferecia balões a quem tirasse uma fotografia ao seu lado.
      _ Só negócios! Aproveitam os sonhos das crianças para encherem as algibeiras - refilou a avó, segurando bem a mala. - No meio da barafunda é que os ladrões aproveitam para roubar carteiras...
     _ Quer uma fotografia no trenó ou junto da árvore de Natal? - perguntou o fotógrafo.
 A avó estava cada vez mais irritada. Tinha uma pequena reforma que não dava para extravagâncias.
_ No meu tempo não havia nada disto. O Natal é o dia de anos do Menino Jesus. É ele que nós vamos visitar."

quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

Sugestão de Natal

Aqui fica uma sugestão de leitura para os alunos, professores, pais e todos os amigos que partilham da aventura dos livros.
Este, acho,  ainda só há em papel, não o editaram  em formato digital.
Que bom! Nada melhor que um mistério de Natal onde cada folha tem um cheiro, quem sabe a azevias, (as de batata doce são as melhores!).  
E o som do desfolhar? Nos livros de mistério, de mistério de Natal, o som da passagem de uma folha para a outra tem  histórias escondidas.

Deixo aqui a sinopse para vos aguçar o apetite da leitura, (que pode ser acompanhada com azevias, de batata doce!)

"Pretendendo ser um conto de Natal empolgante, O Mistério de Natal conta-nos a história de um calendário mágico ao qual se encontra subjacente um enigma. Ao longo de todo o livro, enquadrado por magníficas ilustrações, Jostein Gaarder consegue mais uma vez criar uma atmosfera intrigante que envolve, cativa e fascina o leitor. E como elementos aliciantes, o autor utiliza um grupo de peregrinos que viaja em sentido contrário ao do tempo, sendo eles uma menina, alguns anjos e pastores, várias ovelhas e um pequeno cordeiro de pelo macio. Uma história de Natal fascinante que confere um novo sentido ao mistério do nascimento de Jesus".

terça-feira, 11 de dezembro de 2012

E ainda, porque é Natal...

O humorista, cronista e várias coisas em ...ista, Ricardo Araújo Pereira, gosta deste tema. O seu livro Mixórdia de Temáticas, consta do top da Wook, dos livros mais vendidos. É uma "compilação de guiões da rubrica radiofónica da Rádio Comercial que tem o mesmo elegante nome."
Ontem dia 10 de dezembro, dia dos Direitos Humanos e de mais coisas, a rubrica foi sobre o Natal, e foi para rir, para variar. Uma rubrica muito apreciada pelos alunos aqui da escola, os do 8º e 9º anos. Oiçam lá e vejam se valerá a pena competir por um Natal mais bonito.

E porque é Natal...

Charles Dickens



Comemora-se em todo o mudo o bicentenário deste escritor. Aqui, em Alcochete, o 3º ciclo e Secundário viram episódios de Oliver Twist, leram a biografia em Português e em Inglês e escreveram (crítica de filme).
Em "Um Cântico de Natal", Dickens escreveu um dos melhores contos de Natal de sempre. Podem ler este excerto que antecede a vinda dos três fantasmas que vão mostrar a Scrooge por que é importante comemorar o Natal, a amizade e as tradições religiosas que juntam as famílias. Uma lição de vida, para uma personagem que foi mais tarde recuperada pelo Walt Disney, quando criou o seu Tio Patinhas (Scrooge).

O excerto:
“– O Natal um disparate, tio! – exclamou o sobrinho de Scrooge. – O senhor não quis, com certeza, dizer isso!
– Digo-o – replicou Scrooge; – Feliz Natal! Com que direito pode ser-se feliz? Que razão para isso? Para mais, pobre como é!
– Ora, ora! – disse o sobrinho com bom humor.
– Mas então com que direito pode estar triste? Que razão tem para sentir-se lúgubre? Para mais, rico como é!
Scrooge, falho de melhor resposta no momento, repetiu:
– Bah! Bah! – e tornou a acrescentar: – Disparates!
– Não fique de mau humor, tio – disse o sobrinho.
– Como hei-de eu ficar – replicou o tio –, se vivo num mundo de doidos como este? Essa é boa do Feliz Natal: que representa a mais essa época do Natal do que um tempo de letras a pagar sem dinheiro, um tempo para se ficar um ano mais velho e nem uma hora mais rico, um tempo para fazer o balanço aos nossos livros e ver voltarem-se contra nós doze meses decorridos sem qualquer lucro? Se fosse eu quem mandasse – acrescentou Scrooge num tom indignado –, qualquer
imbecil que aparecesse com isso do Feliz Natal nos lábios iria para o lume com o seu próprio pudim e seria sepultado com um ramo de azevinho enterrado no coração...sim, falo a sério!
– Tio! – disse o sobrinho com ar suplicante.
– Sobrinho! – replicou o tio com ar severo –, arranje o seu Natal como quiser e deixe-me arranjar o meu.”
O último filme a partir deste belo texto:

terça-feira, 4 de dezembro de 2012

Música e poesia


Música

Música é are de expressar
E pintar o som de uma voz
Que canta sem pensar,
Que é importante para nós.

Música é ouvir,
Uns belos sons
E falar
Nos meus saborosos bombons.

Música é o tema de uma novela apaixonante,

Música é a cor do meu coração palpitante,
Que se não ouve uma canção
Chora de desilusão.

Música é tocar clarinete,

É tocar saxofone,
Trompete ou piano,
É ouvir o tocar,
A tentar me embalar,
Num sono
Que, um dia,
Não sonharei acordar.

( Rúben Maia - 8º C - texto para o jornal Esalcaxete)


No ano em que se comemora a ligação Portugal- Brasil e Brasil-Portugal, uma música de Toquinho e Vinicius, com animação.

Diário de Georgia



Alcochete, 13 de Junho 2012

Ilustração do brasileiro João Grando
Está calor, sinto-me pegajosa e tenho sede. Tenho vestido um fato de treino e vagueio pelas ruas. Ocorre-me que me devia sentar e chorar, mas dá demasiado trabalho. Pensar e deixar as lágrimas escorrer-me pela face, cansa, e não tenho forças.
Encosto-me à parede e fecho, por momentos, os olhos. Sinto-me zonza, tonta, não vejo muito bem...Decido sentar-me. Sento-me num degrau rente ao chão, encosto a cabeça aos joelhos e fecho os olhos, começo a descansar.
Após alguns minutos, levanto a cabeça e começo a ver a duplicar, ups, e agora? Daqui a pouco já passa. Depois de passar mais algum tempo a tentar descansar, começo a sentir-me melhor. Do nada, a cabeça começa a girar, pensamentos e sensações, tudo se mistura. Acho que estou prestes a desmaiar.
Acordo. Passaram 27 minutos, desde que me lembro de estar acordada. Continuo tonta e bastante confusa. Tento ver alguma coisa, pôr as ideias em ordem, descobrir onde estou. Dou por mim deitada no chão, não vou levantar-me, porque não consigo, vou apenas fechar os olhos. Não adormeço, descanso apenas, algo temporário.
Já estou de novo sentada, começo a pensar em várias coisas e invade-me uma vontáde indescritível de começar a chorar. Quero chorar, mas não consigo, porque as lágrimas não me escorrem na face e não consigo chorar.
Abro a mala, abro o caderno, abro o estojo, respiro fundo, retiro uma caneta e começo a escrever. Escrevo sobre instantes, sobre pequenos gestos, pequenos movimentos. Nisto, chego à conclusão de que me estou a esquecer de algo, algo me falta, há algo que está a escapar...Ah! O vício.

( Georgia, 9º A, Escola Secundária de Alcochete - pseudónimo)