Alcochete, 13 de Junho 2012
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Ilustração do brasileiro João Grando |
Encosto-me à parede e fecho, por momentos, os olhos. Sinto-me zonza, tonta, não vejo muito bem...Decido sentar-me. Sento-me num degrau rente ao chão, encosto a cabeça aos joelhos e fecho os olhos, começo a descansar.
Após alguns minutos, levanto a cabeça e começo a ver a duplicar, ups, e agora? Daqui a pouco já passa. Depois de passar mais algum tempo a tentar descansar, começo a sentir-me melhor. Do nada, a cabeça começa a girar, pensamentos e sensações, tudo se mistura. Acho que estou prestes a desmaiar.
Acordo. Passaram 27 minutos, desde que me lembro de estar acordada. Continuo tonta e bastante confusa. Tento ver alguma coisa, pôr as ideias em ordem, descobrir onde estou. Dou por mim deitada no chão, não vou levantar-me, porque não consigo, vou apenas fechar os olhos. Não adormeço, descanso apenas, algo temporário.
Já estou de novo sentada, começo a pensar em várias coisas e invade-me uma vontáde indescritível de começar a chorar. Quero chorar, mas não consigo, porque as lágrimas não me escorrem na face e não consigo chorar.
Abro a mala, abro o caderno, abro o estojo, respiro fundo, retiro uma caneta e começo a escrever. Escrevo sobre instantes, sobre pequenos gestos, pequenos movimentos. Nisto, chego à conclusão de que me estou a esquecer de algo, algo me falta, há algo que está a escapar...Ah! O vício.
( Georgia, 9º A, Escola Secundária de Alcochete - pseudónimo)
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