terça-feira, 11 de dezembro de 2012

E porque é Natal...

Charles Dickens



Comemora-se em todo o mudo o bicentenário deste escritor. Aqui, em Alcochete, o 3º ciclo e Secundário viram episódios de Oliver Twist, leram a biografia em Português e em Inglês e escreveram (crítica de filme).
Em "Um Cântico de Natal", Dickens escreveu um dos melhores contos de Natal de sempre. Podem ler este excerto que antecede a vinda dos três fantasmas que vão mostrar a Scrooge por que é importante comemorar o Natal, a amizade e as tradições religiosas que juntam as famílias. Uma lição de vida, para uma personagem que foi mais tarde recuperada pelo Walt Disney, quando criou o seu Tio Patinhas (Scrooge).

O excerto:
“– O Natal um disparate, tio! – exclamou o sobrinho de Scrooge. – O senhor não quis, com certeza, dizer isso!
– Digo-o – replicou Scrooge; – Feliz Natal! Com que direito pode ser-se feliz? Que razão para isso? Para mais, pobre como é!
– Ora, ora! – disse o sobrinho com bom humor.
– Mas então com que direito pode estar triste? Que razão tem para sentir-se lúgubre? Para mais, rico como é!
Scrooge, falho de melhor resposta no momento, repetiu:
– Bah! Bah! – e tornou a acrescentar: – Disparates!
– Não fique de mau humor, tio – disse o sobrinho.
– Como hei-de eu ficar – replicou o tio –, se vivo num mundo de doidos como este? Essa é boa do Feliz Natal: que representa a mais essa época do Natal do que um tempo de letras a pagar sem dinheiro, um tempo para se ficar um ano mais velho e nem uma hora mais rico, um tempo para fazer o balanço aos nossos livros e ver voltarem-se contra nós doze meses decorridos sem qualquer lucro? Se fosse eu quem mandasse – acrescentou Scrooge num tom indignado –, qualquer
imbecil que aparecesse com isso do Feliz Natal nos lábios iria para o lume com o seu próprio pudim e seria sepultado com um ramo de azevinho enterrado no coração...sim, falo a sério!
– Tio! – disse o sobrinho com ar suplicante.
– Sobrinho! – replicou o tio com ar severo –, arranje o seu Natal como quiser e deixe-me arranjar o meu.”
O último filme a partir deste belo texto:

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